'Ecos do Xingu' celebra arte dos povos Juruna e Arara em mostra fotográfica em Belém
Mostra em Belém revela arte e ancestralidade dos povos Juruna e Arara da Volta Grande do Xingu Divulgação A exposição “Ecos do Xingu: Memória, Terra e A...
Mostra em Belém revela arte e ancestralidade dos povos Juruna e Arara da Volta Grande do Xingu Divulgação A exposição “Ecos do Xingu: Memória, Terra e Ancestralidade - Entre tramas e fazeres, a força dos povos Juruna e Arara” abre ao público nesta quarta-feira (12), na Casa das Artes, em Belém. A visitação é gratuita e segue até o dia 26 de novembro, das 10h às 17h. A mostra reúne fotografias e peças de artesanato indígena, resultado de seis anos de pesquisa e convivência com os povos Juruna e Arara, que vivem na Volta Grande do Xingu, no sudoeste do Pará, sob o olhar sensível da fotógrafa Walda Marques e curadoria de Ida Hamoy, professora de História da Arte da Universidade Federal do Pará (UFPA). População em situação de rua cresce 500% em oito anos em Belém do Pará O projeto nasceu dentro do Plano Básico Ambiental da Hidrelétrica de Belo Monte, como uma ação de design e valorização do artesanato indígena. O objetivo era registrar, fortalecer e divulgar o modo de vida e o fazer artístico dos povos afetados pela hidrelétrica, destacando o grafismo tradicional, linguagem visual e a memória de cada etnia. Ao longo dos anos, a equipe formada por Walda e por Ida mergulhou na rotina das comunidades, convivendo de perto com famílias indígenas e acompanhando o trabalho das artesãs. “Pudemos entender de forma profunda a verdade da relação entre o ser humano e a natureza. É um aprendizado sobre o tempo, o território e o respeito à vida”, conta Ida. Com sensibilidade, Walda Marques captou em suas imagens os gestos, expressões e detalhes do cotidiano, revelando o elo entre corpo, terra e rio. “O grafismo é o RG deles, é o que os identifica. Entre os Juruna, os traços são mais sinuosos, voltados para as águas, refletindo o Xingu que corre nas veias de quem vive lá”, explica a curadora. Além das fotografias, a mostra também apresenta peças de artesanato criadas a partir dos saberes tradicionais, que foram fortalecidos durante o projeto. Os indígenas participaram de intercâmbios com outras etnias do Parque Nacional do Xingu, com troca de conhecimentos sobre técnicas, materiais e simbologias. Além da mostra na Casa das Artes, uma amostra do projeto também está em exibição na GreenZone da COP 30, espaço que reúne iniciativas ambientais e culturais abertas ao público durante a conferência em Belém. Serviço — Exposição “Ecos do Xingu” Abertura oficial: Terça-feira (11), às 19h (apenas para convidados) Abertura ao público: Quarta-feira (12) Período de visitação: De 12 a 26 de novembro, das 10h às 17h Local: Casa das Artes — ao lado da Basílica de Nazaré, em Belém (PA) Entrada: gratuita Artista: Walda Marques Curadoria: Ida Hamony Mudanças climáticas: COP 30 vai debater soluções para reduzir o aquecimento do planeta VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará