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Homens armados invadem empresa de óleo de palma em Moju, nordeste do Pará

Um grupo armado invadiu a Brasil BioFuels (BBF), empresa de extração de óleo de palma, na madrugada desta sexta-feira (17), no município de Moju, nordeste d...

Homens armados invadem empresa de óleo de palma em Moju, nordeste do Pará
Homens armados invadem empresa de óleo de palma em Moju, nordeste do Pará (Foto: Reprodução)

Um grupo armado invadiu a Brasil BioFuels (BBF), empresa de extração de óleo de palma, na madrugada desta sexta-feira (17), no município de Moju, nordeste do Pará. O caso ocorreu por volta de 0h58, segundo relatos da polícia, e deixou funcionários da empresa em estado de choque. De acordo com testemunhas e imagens de câmeras de segurança, um carro branco, sem placa de identificação, parou na guarita da empresa. O motorista conversou com o porteiro por alguns minutos, quando de repente os ocupantes saíram armados, rendendo o segurança. Um dos criminosos chegou a apontar uma arma para o pescoço do funcionário. Em seguida, a dupla armada entrou na empresa e renderam outros colaboradores, efetuando disparos contra equipamentos da planta industrial. A polícia suspeita que os autores façam parte de uma milícia armada da região. A Delegacia de Moju informou que o caso está sendo investigado, com análise das imagens de segurança e depoimentos de testemunhas. Segundo a polícia, os suspeitos já foram identificados. Este episódio é o mais recente em um cenário de tensão constante envolvendo a BBF, que já enfrentou conflitos com comunidades tradicionais, incluindo indígenas e quilombolas, na chamada “Guerra do Dendê”. Em agosto de 2023, cinco indígenas da etnia Tembé foram baleados por seguranças da empresa em confrontos no Vale do Acará. A BBF alegou que os indígenas haviam invadido suas propriedades e atacado seus funcionários, enquanto as lideranças indígenas denunciaram ataques sistemáticos e tentativas de criminalização de suas ações de retomada territorial. Além disso, a BBF tem sido acusada de registrar mais de 650 boletins de ocorrência contra membros das comunidades tradicionais, dificultando investigações e criando um clima de insegurança. A Defensoria Pública do Estado do Pará comparou a atuação da empresa a práticas de “pistolagem” devido à violência e intimidação enfrentadas pelas comunidades. Esses episódios têm gerado repercussão nacional e internacional, com organizações de direitos humanos e ambientais cobrando respostas das autoridades e da própria BBF. Clique e siga o canal do g1 Pará no WhatsApp Vídeos com as principais notícias do Pará